FIGURAS CAMINHANTES/ FIGURAS TRANSITÓRIAS- TEMPORADA DE ESTRÉIA
FIGURAS TRANSITÓRIAS / FIGURAS CAMINHANTES
PRÊMIOS: FUNARTE KLAUSS VIANNA DE DANÇA 2011, PROARTE 2010 E PAIC DA FUNDAÇÃO MANAUSCULT 2011 –
A obra FIGURAS TRANSITÓRIAS / FIGURAS CAMINHANTES, uma dança instalação móvel, é o encontro entre o intérprete pessoa, o pedestre e o espaçurbano. A partitura coreográfica e a instalação móvel, com seus dispositivos sonoros imagéticos, dialogam com o espaçurbano, local onde: tudo é PERFORMANCE, tudo é DANÇA, tudo é TEATRO, tudo é ARTE VISUAL, tudo é MÚSICA: polifonia humana visual sonora.
Ao mesmo tempo em que “tudo” é visível aos que caminham e transitam nesse ambiente, quase sempre as figuras humanas que as compõem, como o mingauzeiro, o pipoqueiro, o cascalheiro, entre outros, são, as mais despercebidas.
Como tornar visível o invisível?
O desejo desse projeto é o encontro entre o intérprete pessoa, o público e o espaçurbano. O espectador não toma a decisão de ir ao teatro; a própria obra vai de encontro a ele, em qualquer esquina da cidade e no meio das atividades cotidianas das ruas urbanas; não como um espetáculo, mas com a ideia de justapor o fenômeno artístico com o espaçurbano. A obra se impregna dele.
CONCEPÇÃO E PARTITURA COREOGRÁFICA: Francisco Rider
CRIAÇÃO: processo colaborativo entre Francisco Rider e Damares D`Arc
INTÉRPRETE PESSOA: Damares D`Arc
TEXTO: criado por Damares D`Arc e Francisco Rider
CONCEPÇÃO DA NARRATIVA VIRTUAL: Ednaldo Passos em colaboração com Damares D`Arc e Francisco Rider
EDIÇÃO: Ednaldo Passos
COLETA DE IMAGENS NA URBE MANAUARA: Francisco Rider e imagens de domínio público
CONCEPÇÃO DA PAISAGEM SONORA: Francisco Rider
COLETA SONORA NA URBE MANAUARA: Francisco Rider
MÚSICA: Jean Sebastian Bach
MIXAGEM: Davi Escobar (Cauxi Produtora Cultural)
CONCEPÇÃO DO OBJETO COMBINE MÓVEL: Francisco Rider
CONSTRUÇÃO DO OBJETO COMBINE MÓVEL: ferreiro Gilson Monteiro
CONSTRUÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO INTERNO DO OBJETO COMBINE MÓVEL: Cleinaldo Marinho
VIVÊNCIA: casa do mingauzeiro Enilzo Soares e sua esposa Rosimeire Bindá
RELATO ORAL/INTERLOCUTORES: Mingauzeiro Enilzo de Lima Soares, Damares D`Arc, Francisco Rider e Rosimeire Pereira Bindá
AGRADECIMENTO: Casa dae Música Ivete Ibiapina; SESC-Am.
TEMPORADA DE ESTRÉIA EM MANAUS
DIAS/LOCAIS – 28/10 às 16:30: Relógio Do Largo da Igreja Matriz; 29 e 30/10 às 18:30: Largo de São Sebastião; 01, 03 e 04/11 às 17:30: Praça Heliodoro Balbi/Pça da Polícia; 05/11 às 19h: Rua do Teatro Chaminé (Projeto Até o Tucupi); 08/11 às 16:30: Passagem do Largo da Matriz; 09/11 às 16:30: Pça do Congresso; e 10/11 às 16:30 : Avenida Eduardo Ribeiro.
Queremos Sua Colaboração
Os colaboradores ( Cleinaldo Marinho, Damares D’Arc, Davi Escobar, Ednaldo Passos e Francisco Rider) do projeto cênico corporal Figuras Transitórias/Figuras Caminhantes premiado com os prêmios: Funarte Klauss Vianna de Dança 2010, ProArte 2010 e Paic 2011, vem discutir sobre a invisibilidade das figuras ambulantes que transitam/caminham nas urbes.
Nós queremos estender esta discussão para os interessados em debater esse dilema entre invisibilidade social na contemporaneidade, propondo as seguintes inquietações:
O que é a invisibilidade social para você? Como ela se manifesta no cotidiano?
R:
Você como cidadão e ou artista já se sentiu invisível? Em qual situação?
R:
Como trabalhar essa ideia cênica sem cair na vitimização?
R:
Qual a possível relação entre a invisibilidade social e a arte contemporânea?
R:
A arte contemporânea é invisível para a sociedade?
R:
P.S: Postar seu comentário.
Figuras Transitórias / Figuras Caminhantes
Premiado com o Prêmio Funarte Klauss Vianna de Dança 2010
Estréia mundial prevista para outubro de 2011
Verde Banguelo / Alteração
Verde Banguelo / Alteração
Obra premiada com o Prêmio Funarte Klauss Vianna de Dança 2009
O estímulo para o desenvolvimento da obra Verde Banguelo / Alteração é a problemática contemporânea da relação homem / natureza.
Não se trata de um projeto com o objetivo educacional, didático ou maniqueísta sobre os temas ecologia e meio ambiente, mas propor, através da linguagem artística, reflexões sobre tais temas.
Como seria viver em um ambiente onde a fauna e a flora fossem compostas de seres de plásticos? O que está imbuído na necessidade consumista do homem de ter em casa flores, animais e frutas artificiais? Que necessidade humana justifica a destruição de um bem natural?
É na intenção de construir um espetáculo de dança que fale à sensibilidade humana diante de tais questões que se apresenta este projeto.
CONCEPÇÃO DO ESPETÁCULO
Verde Banguelo /Alteração foi concebido como um espetáculo de dança contemporânea que dialoga com as artes visuais, em que o espectador pode circular no ambiente onde acontece a performance. Não há a dicotomia área do performer / área do público; todo o ambiente pertence a todos os presentes.
A ideia é que a cada apresentação o ambiente e a estrutura da performance seja alterado, assim, dialogando com o espaço onde a performance acontecerá, e colocando o performer numa zona de experimentação.
CONCEPÇÃO DO AMBIENTE CÊNICO
O ambiente foi concebido como ilhas artificiais, em que o público pode transitar e alterar a disposição dos elementos cênicos que as compõem: o corpo do performer, flores, frutas e animais de plásticos, tanto quanto imagens virtuais. O ambiente é artificial, a natureza vem até a sua casa, mas artificial; flores de plástico; animais de plástico; cascatas de plástico; enfim, um ambiente kitsch, onde o único elemento orgânico é o corpo e a vocalização do performer num paraíso artificial.
CONCEPÇÃO CORPORAL
O vocabulário de movimento foi concebido com atenção a uma fisicalidade simples e orgânica, tendo como orientação, durante seu processo de desenvolvimento, o método somático Body-Mind Centering (BMC), fundado nos EUA por Bonnie Bainbridge Cohen, em que o corpo e a mente estão conectados e seus sistemas como um todo entrelaçados.
O estado corpóreo do performer é entre: inquietação/quietude; impotência/potência; estado vivenciado espacialmente pelo performer no nível baixo do espaço.
Geralmente o homem ocidental olha a natureza hierarquicamente: a natureza vista de cima dos prédios; a natureza vista de um satélite; a natureza vista do avião; a natureza vista de uma espaçonave; a natureza vista de uma ponte.
O corpo cedeu seu estado de verticalidade para a posição horizontal; ceder corporal não confortável, pois o ser humano bípede deixa com sua evolução de criança para adulto, de vivenciar o contato direto com a terra. Questão corporal: que estratégias e procedimentos o corpo utiliza para se locomover na horizontalidade e no seu limite?
FICHA TÉCNICA
CONCEPÇÃO: Francisco Rider
INTÉRPRETE: Francisco Rider
CONCEPÇÃO DE LUZ: Cleinaldo Marinho
VÍDEO: Ednaldo Passos
OLHAR EXTERNO: Damares D`Arc
BloCorpoEM CASO DE DÚVIDA FAÇA. MOVIMENTO. AÇÃO. TAREFA. MAS FAÇA. UM ESBOÇO. MÍNIMO. COISAS QUE JÁ VIU. UM READYMADE. MAS FAÇA. NÃO É PRODUZIR PARA FICAR NO MUNDO. ENTULHO. MAS, PARA. A CRIAÇÃO É…
BloCorpo
Pesquisa subsidiada pelo Rumos Dança 2009/10 do Instituto Cultural Itaú de São Paulo
Concepção de Francisco Rider
OS BLOCOS NÃO SÃO SOMENTE OS ESTRUTURAIS, DE CONCRETO, MAS O CORPO VISTO COMO BLOCO; UMA SUPERFÍCIE DE MADEIRA CRUA VISTA COMO BLOCO; UMA CAIXA AMARELA OU BROWN É UMA POSSIBILIDADE DE BLOCO PARA O CORPO/PERFORMER DIALOGAR; UMA ESTRUTURA DE FERRO É UM BLOCO. MATERIAIS PESADOS, LEVES, PLANOS, GEOMÉTRICOS, LISOS, ASPEROS, ORGÂNICOS/INORGÂNICOS, MONTÁVEIS/DESMONTÁVEIS…
QUESTÕES experimentadas desde setembro:
- BLOCO/CORPO
- Narrativa visual como blocos/eventos: primeiro bloco/evento, segundo bloco/evento, terceiro bloco… não linear, mas as coisas, as vezes, sendo deixadas para serem feitas, talvez mais tarde; inacabadas, mas tudo se resumindo num processo de investigação visual/arquitetônico da relação corpo/bloco
- SILÊNCIO É MÚSICA
- STILLNESS/como interrupção do fazer as coisas acontecerem; uma abordagem de extensão do tempo, e não do congelamento.
- TRANSFORMAÇÃO DAS COISAS
- CORPO/READYMADE ARTICULADO/AMALGAMADO, DOBRÁVEIS
- SOLUÇÃO PARA…
- AMBIENTE COMO INSTALAÇÃO
NARRATIVAS VISUAIS
A cada configuração(ões) do(s) bloco(s) no(s) ambiente(s), solicitações e respostas do(s) corpo(s) e do(s) bloco(s), para solucionar dado(s) problema(s) e dúvida(s), é requerido.
O(s) corpo(s) amalgama-se no(s) bloco(s), não como um descanso, mas num estado de calmaria/stillness corporal. Em outra situação, quem amalgama-se é o bloco no corpo. Portanto, a relação blocorpo é dialética; não há uma hierarquização na relação, e nem ativo/passivo.
NARRATIVA (S) VISUAL (AIS)
TEXTO – ENSAIO
Blocorpo dialoga com as artes visuais contemporâneas. A expectativa do espectador, em se tratando de um projeto de dança, é que se estabelecesse o previsível: utilizar como estímulo composicional o movimento/temporalidade do corpo, tradicionalmente um elemento básico da dança. Porém, BloCorpo inseri, dialogicamente, o objeto bloco estrutural (ready-made), imagens projetadas e o corpo humano como elementos narrativos visuais, e procedimentos/estratégias composicionais como improvisação estruturada e o acaso. Ocorrendo a relação de amalgamação e configuração/reconfiguração entre:
Bloco / corpo
Bloco / imagem
Bloco / ambiente
Bloco /bloco
Corpo /bloco
Corpo /imagem
Corpo /ambiente
Corpo /corpo.
Ao abordar esses elementos, a busca é que não haja uma primazia da forma ou primazia da função nas amalgamações, mas uma relação dialética entre forma e função; e não somente a forma vista como funcionalista/funcional, contudo analítica; a forma não designada a sentar, deitar entre outras funções: a forma seguindo a função, mas reconfigurada, transitória.
Esse processo passa por procedimentos cênicos corporais em que são solicitadas aos performers experimentações com ações físicas (simples, com detalhe e clareza), tarefas, improvisações estruturadas, e situações passíveis do acaso, da ordem e do caos durante a presentificação desses procedimentos composicionais.
Alguns princípios arquitetônicos de ordem são abordados como simetria, hierarquia (pelo tamanho, pelo formato, por localização) e transformação (através de uma série de manipulações distintas); e conceitos da arquitetura como gravidade, peso, massa, densidade, equilíbrio, escala e material.
A sonorização/paisagem sonora é construída a partir da frase “silêncio é música” do artista norte-americano John Cage. A idéia é utilizar todo som/ruído/barulho, produzidos tanto pelos objetos cênicos e pelos corpos dos intérpretes, quanto pelos andares, comentários do espectador e dos sons/ruídos/barulhos produzidos no ambiente em que acontecerá o evento; como também utilizar o som externo que vem de fora do local da performance. Portanto, dando importância e tomando vantagem das sonoridades e dos silêncios produzidos pelo acaso.
Questão, na sala com Duchamp fumando um cigarro: Duchamp, pode um corpo ser um ready-made? Pode um movimento ser um ready-made?
Outra possibilidade cênica visual recorrente na pesquisa é o uso da repetição enquanto procedimento composicional; que pode ocorre na repetição de eventos, objetos, movimentos corporais, imagens-textos e sons.
As construções arquitetônicas que são configuradas/reconfiguradas pelo o corpo do performer, pelo os ready-mades e pelas imagem nos eventos, servem para relações de jogo entre esses elementos.
A construção da permanente transformação das coisas cênicas visuais.
Outro dado que deve ser mencionado são os estudos/leituras de textos, livros e autores/teóricos sobre a arte contemporânea, a história, teoria da arte, filosofia e estética servem como referenciais teóricos para o entendimento da construção da arte contemporânea.
FORMA= os limites exteriores da matéria de que se constitui um corpo, e que a este conferem configuração particular.
Gerador elementar da forma: Ponto, linha reta, plano e volume. Se a arquitetura, como arte visual, se ocupa especificamente da formação de volumes de massa e espaços tridimensionais, o plano deve ser considerado um elemento-chave no vocabulário arquitetônico.
À medida que o espaço começa a ser capturado, encerrado, moldado e organizado pelos elementos da massa (aglomerado de elementos geralmente da mesma natureza que formam um conjunto), a arquitetura começa a existir.
Propriedades visuais da forma: comprimento, largura e profundidade da forma; cor (afeta o peso visual de uma forma); textura (qualidade tátil visual).
As dimensões e proporções do corpo humano afetam a proporção dos objetos que manuseamos; a altura e distância dos objetos que tentamos alcançar e as dimensões do mobiliário que utilizamos para sentar, dormir, etc.
ESPAÇO E ORDEM
DANÇA = TEMPORALIDADE/ESPACIALIDADE
ARQUITETURA = ESPACIALIDADE/TEMPORALIDADE
Contexto onde está inserido o BloCorpo
BloCorpo montáveldesmontável configuradoreconfigurado econômico mínimo gestáltico interativo observadobservador ativopassivo
Estudos
Semana de estudos teóricos do processo investigativo da proposta cênica BloCorpo. Duchamp, Minimalismo, teorias e procedimentos, arte contemporânea.
Desenvolvimento do esboço do plano de demostração no Rumos Dança 2010.